sábado, 20 de outubro de 2012

Apenas uma faísca




Alguns diriam que meus olhos estão nebulosos
Não seria um brilho normal como os outros
Pessoas dizem que sou louco por gostar
Até onde você aguentaria chegar?

Essa noite é a única que você pode me ofuscar
Estou cansado de cessar meu fogo para você
Você é a pedra que menos brilha
Um dia será apenas você e mais nada

Eu consigo te ver na escuridão
E eu apenas estou me divertindo assistindo
Você não vai aguentar por muito tempo
Você sabe que sua luz não é infinita

Você burla regras e ainda assim não sobrevive
Não sente nada a não ser sua morte a caminho
Quando as luzes ficarem loucas será o final
De um brilho que na verdade era apenas uma faísca

7 comentários:

  1. "Pessoas dizem que sou louco por gostar
    Até onde você aguentaria chegar?" arrasou

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  2. Você burla regras e ainda assim não sobrevive - Tanta gente que faz isso... FODÁSTICO!

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    1. Não é verdade? Amo pessoas que tentam, tentam, tentam e se fodem! haha Que com que curtiu o poema! :)

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  3. Tenho uma coisa a dizer: acho que porque tu ouve muita música em outra língua isso acaba influenciando no teu modo de escrever. Me senti lendo a tradução de uma música. Sério! Desculpa aí a comparação, mas se eu parar mais um pouco pra pensar acabarei achando que essa é a tradução de alguma música da Demi. <3

    Ah, e isso nem é uma crítica!

    Sobre o poema: quem nunca pensou/tentou em se livrar daquilo que nos perturba? Carlos Drummond de Andrade tem um poema ("Faxina da Alma") que define bem o que quero dizer. Um trecho dessa poema que adoro do poema é esse:

    Jogue fora tudo que te prende ao passado, ao mundinho de coisas tristes. Fotos, peças de roupa, papel de bala, ingressos de cinema, bilhetes de viagens e toda aquela tranqueira que guardamos quando nos julgamos apaixonados."


    Parabéns!

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    1. Eu acho que meus poemas tem pegada de letra de música sim! Tenho até vontade de compor algo! Muito bom o trecho do poema. Obrigado! :)

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